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A necessidade de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito de estufa e de adaptação a cenários atual e futuro de alterações climáticas, exigem que a sociedade tenha um papel mais consciente e ativo. No que se refere ao ciclo hidrológico, são necessárias sociedades melhor adaptadas, com uma maior resiliência face a novos cenários ligados à realidade climática, bem como comunidades que garantam a recuperação e conservação dos ecossistemas aquáticos diante da sua crescente vulnerabilidade. Devem ser criados modelos de governança mais democráticos e eficazes, baseados na partilha de responsabilidades entre os diferentes setores sociais, o que carece de uma cidadania sensibilizada e informada.

A crescente mobilização de estudantes em aspetos relacionados com a crise climática parece indicar uma maior consciencialização por parte da população nessa faixa etária, o que será fundamental para alcançar uma sociedade melhor adaptada. No entanto, esses movimentos devem ser acompanhados até à  sua consolidação, gerando conhecimento científico em torno do ciclo hidrológico e promovendo atitudes proactivas no âmbito  da Educação para a Sustentabilidade. Este trabalho deve ser extensível à educação não formal e a toda a sociedade, onde a comunicação ambiental desempenha um papel decisivo. O desenho de estratégias corretas de comunicação deve favorecer um tipo de comunicação ambiental com maior rigor científico, além de simples, criativa e propositiva. Ao mesmo tempo, devem reforçar-se os canais formais e informais para permitir que os cidadãos se envolvam no planeamento e gestão da água no seu território, e exijam dos seus governantes uma verdadeira mudança de paradigma na política da água, implementando processos participativos inovadores, mais democrático e deliberativos.

Incidir-se-á especialmente nas seguintes questões:

  • • Ferramentas sociais e educacionais relacionadas com a adaptação às alterações climáticas e a transição hídrica.
  • • Rumo a uma nova comunicação ambiental diante dos riscos hidrológicos e climáticos
  • • O papel dos meios de comunicação e das redes sociais na sensibilização e educação para a transição hídrica
  • • Dinâmicas e processos participativos para envolver os cidadãos na transição hídrica
  • • Património histórico-cultural da água: alcance, contradições e propostas
  • • Cogeração de conhecimento e acesso à informação
  • Promoção da corresponsabilidade na redução da vulnerabilidade aos riscos da água decorrentes das mudanças climáticas

 

Palavras-chave: capacitação, educação, comunicação, património histórico, informação ambiental, participação, ciência cidadã, corresponsabilidade

 

Coordenadores de área

Rubén Ladrera, Universidad de la Rioja

 Violeta Cabello, Universidad Autónoma de Barcelona-ICTA

 Manuela Moreira de Silva, Universidade do Algarve-CIMA