AT3 - GOVERNANÇA, EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO
A necessidade de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito de estufa e de adaptação a cenários atual e futuro de alterações climáticas, exigem que a sociedade tenha um papel mais consciente e ativo. No que se refere ao ciclo hidrológico, são necessárias sociedades melhor adaptadas, com uma maior resiliência face a novos cenários ligados à realidade climática, bem como comunidades que garantam a recuperação e conservação dos ecossistemas aquáticos diante da sua crescente vulnerabilidade. Devem ser criados modelos de governança mais democráticos e eficazes, baseados na partilha de responsabilidades entre os diferentes setores sociais, o que carece de uma cidadania sensibilizada e informada.
A crescente mobilização de estudantes em aspetos relacionados com a crise climática parece indicar uma maior consciencialização por parte da população nessa faixa etária, o que será fundamental para alcançar uma sociedade melhor adaptada. No entanto, esses movimentos devem ser acompanhados até à sua consolidação, gerando conhecimento científico em torno do ciclo hidrológico e promovendo atitudes proactivas no âmbito da Educação para a Sustentabilidade. Este trabalho deve ser extensível à educação não formal e a toda a sociedade, onde a comunicação ambiental desempenha um papel decisivo. O desenho de estratégias corretas de comunicação deve favorecer um tipo de comunicação ambiental com maior rigor científico, além de simples, criativa e propositiva. Ao mesmo tempo, devem reforçar-se os canais formais e informais para permitir que os cidadãos se envolvam no planeamento e gestão da água no seu território, e exijam dos seus governantes uma verdadeira mudança de paradigma na política da água, implementando processos participativos inovadores, mais democrático e deliberativos.
Incidir-se-á especialmente nas seguintes questões:
- • Ferramentas sociais e educacionais relacionadas com a adaptação às alterações climáticas e a transição hídrica.
- • Rumo a uma nova comunicação ambiental diante dos riscos hidrológicos e climáticos
- • O papel dos meios de comunicação e das redes sociais na sensibilização e educação para a transição hídrica
- • Dinâmicas e processos participativos para envolver os cidadãos na transição hídrica
- • Património histórico-cultural da água: alcance, contradições e propostas
- • Cogeração de conhecimento e acesso à informação
- Promoção da corresponsabilidade na redução da vulnerabilidade aos riscos da água decorrentes das mudanças climáticas
Palavras-chave: capacitação, educação, comunicação, património histórico, informação ambiental, participação, ciência cidadã, corresponsabilidade
Coordenadores de área
Rubén Ladrera, Universidad de la Rioja
Violeta Cabello, Universidad Autónoma de Barcelona-ICTA
Manuela Moreira de Silva, Universidade do Algarve-CIMA